Blog de frestras. Não é diário íntimo. Para jogar as imperfeições no circo, desentupir excessos, fazer uma calçada.

terça-feira, setembro 26, 2006

Vamos Beber a Beber!

Carolina

um palito separa
o prazer da dor
um ponto separa
o prazer da dor
é como se você
estivesse numa e
s
c
a
d
a
de três degraus
1
2
3
e do degrau
do meio,
um degrau pra cima
é o prazer
um degrau pra baixo
dor.
aí eu te pergunto
onde dói mais
onde dói menos
e porque me sinto feliz
e triste
ao mesmo tempo.

de Bruna Beber, o orgulho da família, que hoje desovou no mundo sua bela cria, tornando vários demônios mais contentes que a média.

terça-feira, setembro 19, 2006

We are the world - em construção

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... e que o motor da super-existência, que é o amor, não serve só para ir ao cinema domingo à noite. Nem é um conto de fadas.
Mas dá asas.

terça-feira, setembro 12, 2006

Beautiful ones - suturas

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A saga dos beautiful boys não terminou. Repercute a saga dos cute boys que nos fazem sonhar e cair da cama, voltar prá cama e sonhar... Desta monta, minha querida Aline Jobim multimedizou o poema, que era dedicado a ela mesmo, e agora tenho um post mais animado e bem humorado.

Cheers às beautiful girls que riem de seus belos contratempos!

www.fotolog.net/alinejobim

segunda-feira, setembro 11, 2006

Se imagina, é

Tempo Afora

Onde mora a ternura,
onde a chuva me alaga,
onde a água mole perfura,
dura pedra da mágoa,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Quando o carinho acontece, quando a garoa é macia,
e se cura e se esquece,
a dor num canto vazio,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Onde a alma se lava,
aonde o corpo me leva,
onde a calma se espalha,
onde o porto me espelha,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Quando me lembro de tudo, quando me visto de nada,
e me chove e descubro,
quanto você me esperava
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Fred Martins / Marcelo Diniz

quarta-feira, setembro 06, 2006

*

Almadén dreams*


Morena minha,

judia

Me passeia pela tua ilha das flores

Me querendo, me tomando el pêlo

Me pedindo

One more day

terça-feira, setembro 05, 2006

Beautiful boy - manual de navegação

Algumas pessoas me “procuraram” depois deste último post para comentar, parte indignada, parte empolgada, parte simplesmente querendo saber “qual era”. Me “procuraram” por outras vias fora deste mesmo recinto, pois não sou muito adepta a conversaciones expostas para TODA a rede (já bastam os papos NA rede). Nunca comentei meu próprio texto, mas acho que dessa vez vale, pois tem gente achando que é indireta, recado, ou expressão de sentimentos mais vis (ic!). Quero dizer: não é indireta, é DIRETA. Uma homenagem a tantas coisas boas e pesadas que tenho ouvido por ai, de meninos, meninas e mães (!) sobre os “lindos” beautiful boys. Os beautiful boys, minha gente, há que se dizer em primeiro lugar, são seres sedutores, apaixonantes, e necessários na vida de qualquer pessoa. Quer existência mais pobre de pulsão hormonal do que uma juventude sem o encantamento desses rapazes? Não é ironia, digo com veemência que quem nunca se encantou com um beautiful boy, que perdoem os vinícius, nunca vão ser nada não. Os beautiful boys fazem a gente sonhar, alto, na coincidência outrora tão longínqua da beleza com uma relação de gente, fora das telas, fora dos pôsters adolescentes, falo do beautiful boy de carne e osso, quase a realização da promessa do cavalo branco, só que de forma bem mais divertida. Porque há que se fazer justiça a esta grande propriedade dos moçoilos: quase sempre eles SÃO divertidos. E presentes. Enquanto estão contigo, eles SÃO presentes. Então, realmente acho importante ter e querer a experiência de um beautiful boy, já disse, eu mesmo já tive e provavelmente terei na minha cabeceira, só que no modo pager, no modo de segurança, mas presente. A questão motivacional do post anterior, fazendo, assim, uma autoanalisis, é a estranha associação que estes moços fazem entre a manutenção de sua formosura com a necessidade de manterem-se crianças. Quer coisa mais estranha? É só isso. Meu pequeno relato-poesia era apenas uma forma de homenagear, sem sadismo, alguns masoquismos que tantas e tantos de nós passamos ao tentar mudar a natureza da experiência de estar com um boy assim bonito. Pra quê? Por que não aceitar que há encontros que só podem te dar certas coisas e não outras? Por que queremos sempre o pacote completo? Bom, porque somos meio esquisitas também. Somos. Ah, ai você me pergunta:

E as beautiful girls? Ah, estas também fazem estranhas associações, certamente fazem. Mas esse ai já é um outro relato.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Beautiful Boys

para Aline


All those beautiful boys enlouquecem

as desavisadas que tentam, vanamente entende-los, enquadrá-los

enfeiá-los, enlouquecem.

Porque all those beautiful boys

sempre têm a varinha pan de peter

O amassado-imã do peito da camisa, um sorriso na manga, até quando chovem raios.

O brilho convidativo que te faz esquecer a mais valia, a indústria cultural, a seca no nordeste. Fatais: bronzeados ou de alvidez pedinte de tapas, cabelos aparentemente descomprometidos te rogam ‘me bulina’: e sempre descobrem o cursinho que lhes eleva do nada com graça pro eficiente começo de papo em qualquer lugar – têm prochego.

All those beautiful boys


Nunca sabem explicar por que desistem das coisas

Nem porque se atraem pelas mães

Não importa: mamam bem.


All those beautiful boys

Sempre demoram mais a envelhecer que suas amantes

Por que

Não sofrem, não falam

Só choram quando “His greatest love was executed”

Mas são tão lindos, tão cheirosos

Tão gostosos, tão gostosos

do havaí aos infernos londrinos, all those beautiful boys

sempre tão cheios de melodias, the beautiful ones


Sempre sacam a frase certa, na hora certa: as que nos fazem sentir THE

queen of the old poetry


All those beautiful boys, ai ai...

quero um pra mim, de novo, pra botar na cabeceira

e deixar no modo pager

que não sofra, que não fale

que até esqueça que seu grande amor foi morto

mas que saiba que as cocorosie eles não conquistam de verdade.