Blog de frestras. Não é diário íntimo. Para jogar as imperfeições no circo, desentupir excessos, fazer uma calçada.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Se imagina, é

Tempo Afora

Onde mora a ternura,
onde a chuva me alaga,
onde a água mole perfura,
dura pedra da mágoa,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Quando o carinho acontece, quando a garoa é macia,
e se cura e se esquece,
a dor num canto vazio,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Onde a alma se lava,
aonde o corpo me leva,
onde a calma se espalha,
onde o porto me espelha,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Quando me lembro de tudo, quando me visto de nada,
e me chove e descubro,
quanto você me esperava
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Fred Martins / Marcelo Diniz