Blog de frestras. Não é diário íntimo. Para jogar as imperfeições no circo, desentupir excessos, fazer uma calçada.

terça-feira, setembro 05, 2006

Beautiful boy - manual de navegação

Algumas pessoas me “procuraram” depois deste último post para comentar, parte indignada, parte empolgada, parte simplesmente querendo saber “qual era”. Me “procuraram” por outras vias fora deste mesmo recinto, pois não sou muito adepta a conversaciones expostas para TODA a rede (já bastam os papos NA rede). Nunca comentei meu próprio texto, mas acho que dessa vez vale, pois tem gente achando que é indireta, recado, ou expressão de sentimentos mais vis (ic!). Quero dizer: não é indireta, é DIRETA. Uma homenagem a tantas coisas boas e pesadas que tenho ouvido por ai, de meninos, meninas e mães (!) sobre os “lindos” beautiful boys. Os beautiful boys, minha gente, há que se dizer em primeiro lugar, são seres sedutores, apaixonantes, e necessários na vida de qualquer pessoa. Quer existência mais pobre de pulsão hormonal do que uma juventude sem o encantamento desses rapazes? Não é ironia, digo com veemência que quem nunca se encantou com um beautiful boy, que perdoem os vinícius, nunca vão ser nada não. Os beautiful boys fazem a gente sonhar, alto, na coincidência outrora tão longínqua da beleza com uma relação de gente, fora das telas, fora dos pôsters adolescentes, falo do beautiful boy de carne e osso, quase a realização da promessa do cavalo branco, só que de forma bem mais divertida. Porque há que se fazer justiça a esta grande propriedade dos moçoilos: quase sempre eles SÃO divertidos. E presentes. Enquanto estão contigo, eles SÃO presentes. Então, realmente acho importante ter e querer a experiência de um beautiful boy, já disse, eu mesmo já tive e provavelmente terei na minha cabeceira, só que no modo pager, no modo de segurança, mas presente. A questão motivacional do post anterior, fazendo, assim, uma autoanalisis, é a estranha associação que estes moços fazem entre a manutenção de sua formosura com a necessidade de manterem-se crianças. Quer coisa mais estranha? É só isso. Meu pequeno relato-poesia era apenas uma forma de homenagear, sem sadismo, alguns masoquismos que tantas e tantos de nós passamos ao tentar mudar a natureza da experiência de estar com um boy assim bonito. Pra quê? Por que não aceitar que há encontros que só podem te dar certas coisas e não outras? Por que queremos sempre o pacote completo? Bom, porque somos meio esquisitas também. Somos. Ah, ai você me pergunta:

E as beautiful girls? Ah, estas também fazem estranhas associações, certamente fazem. Mas esse ai já é um outro relato.