Poema Orgânico
Fiz um poema desinvestido de arte
E encharcado de amor
Que da arte não sei contar os méritos, e do amor sei até que dói e não se vende
O meu poema se encharca de matéria borrada, sabe pouco da espátula que funciona
Mas meu amor que encharca é generoso como um poeta que sente, o cachorro sincero, parceiro em dor e visco da inspiração.
Meu amor que encharca é como sorriso de criança, que se entrega sem saber quanto vale um coração, nem que suporte é que vende mesmo a emoção
O meu poema encharcado de amor abraça cachorro, poeta e criança no charco lamacento dos improdutivos que querem, no fim de uma leitura, vida.
<< Home