Arca de Noël

Família é um lugar

Castigado ao sol

De onde a gente se permite ir muito longe

E quando acorda

Ela ainda ta ali segurando nossa mão

Para a minha, a sua, a nossa família de verdade.

Foto: Igor Câmara, clique na Espanha

Revaneios do amor

Les jours ne sont pas éternels
Disait un astre au soleil
Le tour du monde ça je sais faire
Depuis toujours, toujours
Disait la lune à la terre
Dont les couluers sont de ces merveilles
Issues d'hier ou du soleil
Issues de toujours,
toujours
Dans le noir ou sous la lumière
Elles se mélangent sous la mer
Se mélangent elles depuis toujours, toujours

Pela possibilidade
de fuçar nas latas das cores
até encontrar os tons que melhor acompanham

os dias
além do céu
toujours
o mar é sempre mais fundo

Pelas estrelas menos brilhantes
E fiéis do amor.

poesiamusica em francês: "Depuis toujours", de Louise Attaque,
essa banda pela qual é possível desenvolver uma inesgotável obsessão

Quelle, a esfinge desobediente de dezembro I

Termina o ano

nesse cruze melindroso

com el año que viene

no viene

Aquele flerte

das crianças pedindo reabastecimento de cadernos

urgente

e as agendas caducando são cadernos

pra presente.

que viene

no viene

balanças e balanços intercalam

ansiosos e antigos no ar

e a presença da memória da história

tornando-se lembrete da promessa de futuro

se vira em mil

esquecimentos

pra presente

Tudo naquele flerte.

É nesse momento tão co movente

Que aquelle esfinge

A Quelle gator

Se pergunta, sem enigmas

O que será que será

do the book of right on

De seu último verbete

mal inscrito

Evidente mal lido

E não decifrado

Light on? light off?

Aquele flerte

pela metade

Faz suspense urgente

Prá presente.

Imagem: O primeiro louise Attaque -1997

Lás e cás’ fé

Quando a gente quer muito uma coisa,

a gente pensa,

pensa...

e acaba no meio dela.

Quando a gente quer muito uma coisa

que faz o mundo melhor

a gente sente, a coisa escuta

e vem caminhar com a gente.