Blog de frestras. Não é diário íntimo. Para jogar as imperfeições no circo, desentupir excessos, fazer uma calçada.

sexta-feira, junho 09, 2006

Poeminha do desamor ariano

Dizem que a vida de um ariano é basicamente se jogar
Cair e levantar por amores, mesmo que não caia de amores

Todos os dias de seu ano animado
Com trabalho e uns amigos pra se distrair

Ariano vive pra amar e pra brigar
e desconhece a expressão “take it easy, baby”.

Ariano primeiro ama, depois briga
E se primeiro briga, é pra em seguida amar

Mas com a fé em minha lua em capricórnio
vou escrever em um caderno fridakahlistico:

“Não faço mais poema de amor

Não faço.
Não faço mais poema com nome, sobrenome
com registro em carta registrada”.

"Não faço mais poema-homenagem
chamando a atenção dos amados
para a beleza dos grandes encontros
descrevendo as cores, os tecidos
os detalhes do bico da sola do sapato direito”.

"Não faço mais poema lembrando do dia
da hora certa em brasília, do brilho dos olhos
de quem não enxerga sem óculos
e de óculos.
De quem desvia o olhar,
e está por ali de passagem, não faço.”

Vai estar escrito:

“Agora quero o amor dos yogues
dos ambientalistas,
o amor altruísta
o amor-paz-e-amor

o amor egoísta: ´quero amar só´”.

Não será fácil, imagino
ariano não nasce com chifres punks
pra entrar em guerra de costas

Ariano que se preza começa de criança a costurar um escudo no peito

mas como demora um pouco até ficar pronto
aliás, um tanto, haja voltas de planetas

até lá, canja de galinha não faz mal a ninguém:
não vou mais cair da cama
em poema matutino, em cartinha pé de ouvido

em suspiros recheados da noite anterior.

Não mais árvores rabiscadas de corações pela ponta de meu canivete escolar

...

Será?! rá.