Blog de frestras. Não é diário íntimo. Para jogar as imperfeições no circo, desentupir excessos, fazer uma calçada.

quinta-feira, julho 07, 2005

Stand Bye

Todo mundo quer e ninguém pega
Ninguém sabe

Uma gargalhada que rasga
um vôo rasante
Uma bolha de sabão
e a criança que acredita
A memória precoce do desejo

Todo o sentido sem rumo
Toda a promessa descumprida
Um esfumaçado humano pelo espelho
retrovisor deixando um aceno
A cena, chegada para trás

Um passo de dança congelado no ar
Congelado, o ar dança com o olhar

É o futuro.
Ninguém pega. Ninguém sabe.
Não se chora nem se grita.
Sem pressa sem fuga - irremediavelmente
sem medo de olhar pela fechadura
e ver a cera da vela quente que escorre
enquanto o paciente dorme pra esperar

Mas ele sempre chega, ainda que nunca tenha saído de seu lugar.