Blog de frestras. Não é diário íntimo. Para jogar as imperfeições no circo, desentupir excessos, fazer uma calçada.

domingo, abril 18, 2010

Blow up

Maria Anna G. não ia de um lado pro outro para rir.

Nem para chorar.

Parava insistente naquelas beiras de estrada fumegantes, precipícios de cais, florestas marítimas e paraísos glaciais porque

Não podia continuar sem saber se mudando de hemisfério

O cérebro faz as mesmas sinapses

E mudando o meridiano, o coração faz um contrafluxo.

Se tudo que entra em temperaturas que sublimam

Saem por orifícios novos, ou congelam, de raiva

Ou é tudo

Desde que o mundo é mundo

Maria não nasceu a 100 graus centígrados prá saber

Ia prá um lado de outro nem prá chegar. Por ir... nem mesmo tinha certeza

Que ao chegar à fronteira e sentir aquele frio todo nos olhos podia inventar

Um verão de pensamentos

Estava mesmo indo ou voltando para um lugar

Onde

A física, a geografia e o amor convergiam prá sempre?

Oh, tinha o tempo.


“The appearance of the pigment can be modified by the nature of the binding medium in which the particles are suspended and which attaches them to the support, by the nature of the support itself or of the ground to which it adheres, and by the variable action of the light.” (Ray Smith)