Blow up
Maria Anna G. não ia de um lado pro outro para rir.
Nem para chorar.
Parava insistente naquelas beiras de estrada fumegantes, precipícios de cais, florestas marítimas e paraísos glaciais porque
Não podia continuar sem saber se mudando de hemisfério
O cérebro faz as mesmas sinapses
E mudando o meridiano, o coração faz um contrafluxo.
Se tudo que entra em temperaturas que sublimam
Saem por orifícios novos, ou congelam, de raiva
Ou é tudo
Desde que o mundo é mundo
Maria não nasceu a 100 graus centígrados prá saber
Ia prá um lado de outro nem prá chegar. Por ir... nem mesmo tinha certeza
Que ao chegar à fronteira e sentir aquele frio todo nos olhos podia inventar
Um verão de pensamentos
Estava mesmo indo ou voltando para um lugar
Onde
A física, a geografia e o amor convergiam prá sempre?
Oh, tinha o tempo.
“The appearance of the pigment can be modified by the nature of the binding medium in which the particles are suspended and which attaches them to the support, by the nature of the support itself or of the ground to which it adheres, and by the variable action of the light.” (Ray Smith)
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