Viver e morrer na America Latina
... vou levar um milhao de historias e sonhos sim meu bem. Cores novas pra nossa casa continente. Dias, forcas e dores dos outros, que tantas vezes fizeram as minhas parecerem bobas, ainda que ainda tristes pelo meu proprio limite em relativizar/las. Sao das cores insistentes, da persistencia da alegria, do cultivo do tempo que faz tudo que preocupa meu futuro parecer bobo e cinzento, entende? Vai saber, ainda nao assentei essas terras. E sim, continuam sendo tristes as nossas dores, a ingenuidade da nossa alegria carnavalesca, mas seria dessa mesma fonte que beberia aquela esperanca em espanhol, em Quechua, em Aymara? Pela alegria somos irmaos?
E o cinza que vez por outra defendemos como tao importante de ser vivido, esses lutos intelectuais? Os meus tao se enfraquecendo de sentido. Ficando bobos, amarelados, turisticos. Tambem perderam muito de sua cor no meio do funeral que passei a beira do Lago Titicaca, na Bolivia, quando um grupo de entes celebravam com gargalhdas, pisco e flores a passagem a outra beira da vida de alguem que teve a oportunidade de bem morrer. Um luto preto, e nao cinza.
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